Hobbits Eram Uma Espécie Separada

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Hobbits Eram Uma Espécie Separada
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Anonim
Hobbits eram uma espécie separada
Hobbits eram uma espécie separada

Cientistas americanos citaram novas evidências de que os chamados hobbits, cujos restos mortais foram encontrados na ilha indonésia de Flores em 2003, eram uma espécie separada.

Para resolver o enigma dos "hobbits", os pesquisadores compararam a estrutura de seus crânios com a dos humanos modernos e dos primatas mais progressistas.

Concluíram que os antigos habitantes da Ilha das Flores tinham muito em comum com representantes do gênero Homo, mas não com o homem moderno.

Quase imediatamente após a descoberta dos restos mortais, que têm 18 mil anos, eclodiu uma disputa entre antropólogos sobre a quem eles pertenciam. Alguns cientistas estão convencidos de que a criatura, cuja altura é igual à de uma criança moderna de três anos e cujo tamanho do cérebro é comparável ao do cérebro de um chimpanzé, pertence a uma nova espécie do gênero Homo - Homo floresiensis.

O crânio de um homem moderno (à direita) e o crânio do "hobbit" (à esquerda)

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Enquanto outros cientistas, que também encontraram evidências para apoiar seu ponto de vista, sugeriram que os "hobbits" poderiam muito bem ter sido os ancestrais dos humanos modernos, apenas eles sofreram de uma doença genética que levou à microcefalia e anormalidades no desenvolvimento do cérebro.

Em seus estudos, os cientistas americanos prestam muita atenção à estrutura irregular do crânio da criatura encontrada - a assimetria entre os lados esquerdo e direito dele.

Portanto, em um dos artigos científicos publicados em 2006, argumentou-se que o crânio é realmente absolutamente assimétrico e, com base nisso, concluiu-se que os "hobbits" dificilmente poderiam ser representantes de uma nova espécie separada.

O estudo mais recente da forma do crânio do Homo floresiensis, realizado por uma equipe de cientistas da New York University em Stony Brook e da University of Minnesota, reafirmou a presença de assimetria craniana. No entanto, os cientistas chegaram à conclusão oposta, confirmando a teoria de que os "hobbits" ainda eram uma espécie separada.

Reconstrução do rosto de "Hobbit"

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No decorrer do estudo, a líder da equipe Karen Baab e seus colegas coletaram informações extensas sobre os pontos de identificação do crânio do "hobbit", bem como hominídeos extintos, humanos modernos e primatas. Uma análise das diferenças entre os lados direito e esquerdo do crânio revelou um baixo grau de assimetria nos restos do Homo floresiensis, o que contradiz diretamente o pressuposto da microcefalia, uma vez que violações significativas de simetria são observadas nas pessoas afetadas por esta doença.

“Consideramos essas assimetrias aceitáveis para essa população de hominídeos”, diz o Dr. Baab. “Além disso, não devemos esquecer que fatores destrutivos externos têm afetado o crânio por várias dezenas de milhares de anos.”

Os autores do estudo e a maioria dos cientistas que defendem a opinião de que os "hobbits" são uma espécie distinta, sugerem que o Homo floresiensis se separou do Homo erectus ou de um ramo ainda mais primitivo, após o qual sofreu uma diminuição de tamanho.

Os oponentes dessa hipótese continuam a argumentar que a presença de uma assimetria do crânio é uma evidência clara de que os "hobbits" eram pessoas com microcefalia, ou seja, eram indivíduos de humanos modernos com cérebros anormalmente pequenos.

Por exemplo, o cientista Robert Martin, chefe do departamento de antropologia biológica do Museu de História Natural de Chicago, afirma que o principal objeto de pesquisa foi o crânio de uma criatura, mas eles ignoram o fato de que o próprio cérebro do chamado "hobbits" era minúsculo e assimétrico.

Segundo o cientista, se a idade dos restos mortais fosse de milhões de anos, não haveria dúvidas sobre o tamanho do cérebro. No entanto, sua idade é estimada em apenas 18 mil anos, então um cérebro tão pequeno é uma evidência clara de que os "hobbits" eram provavelmente representantes de pessoas modernas com deficiências de desenvolvimento.

A polêmica sobre o Homo floresiensis, sem dúvida, continuará. A descoberta de outros vestígios de um homem da época que vivia na ilha das Flores vai ajudar a resolvê-lo, após um estudo aprofundado do qual os cientistas poderão saber ao certo se o "hobbit" foi o ancestral de um moderno. homem com deficiência ou representante de uma espécie distinta.

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